Larisa Shepitko: Comoções do Humano (1)

10.02.2015


Calor (Znoy, 1963).


Asas (Krylya, 1966).

Serão mostrados amanhã nas Sessões do Carvão, o primeiro às 18h30, o segundo às 21h30 (com um comentário de Vladimir Pliassov do Centro de Estudos Russos da FLUC), na Casa das Caldeiras.

A obra da cineasta soviética Larisa Shepitko permanece uma ilustre desconhecida, apesar de alguns estudos publicados e das edições de Krylya e Ascensão (Voskhozhdeniye, 1977). Aluna de Aleksandr Dovjenko no Instituto Estatal Russo de Cinema, em Moscovo, Shepitko realizou apenas quatro longas-metragens que seguem a linha humanista do seu mentor. São filmes de emoções intensas, dilemas morais, estados físicos extremos, expressões subtis, que inscrevem as experiências vividas pelas personagens numa vasta paisagem humana. Para além das suas longas-metragens, este ciclo inclui Nachalo nevedomogo veka (Começo de uma Era Desconhecida, 1967), para o qual ela dirigiu o segundo episódio, “Pátria da Electricidade”, e dois filmes dirigidos pelo seu marido, Elem Klimov. Shepitko faleceu em 1979, vítima de um acidente rodoviário. Klimov compôs-lhe um filme-homenagem, Larisa (1980), e finalizou o projecto que ela tinha começado a rodar, Adeus a Matiora (Proshchanie, 1983).