Mundo Sur/real (1)

21.10.2014


Entr’acte (1924).


A Concha e o Clérigo (La Coquille et le clergyman, 1926).


Estrela do Mar (L’Étoile de mer, 1928).


Um Cão Andaluz (Un chien andalou, 1929).


The Hearts of Age (1934).


Kurutta ippêji (1926).

Serão mostrados amanhã nas Sessões do Carvão, os primeiros às 18h30, o segundo às 21h30, na Casa das Caldeiras.

O manifesto assinado por André Breton em 1924 sugeriu que a arte surrealista abre espaço para “a futura resolução destes dois estadostaparentemente tão contraditórios — que são o sonho e a realidade, numa espécie de realidade absoluta, uma surrealidade”. O surrealismo desenvolveu-se no cinema logo a partir desse ano e permaneceu uma força artística e estética vital nas décadas seguintes. Tal vitalidade está ligada ao modo como a arte cinematográfica de influência surrealista se manteve atenta ao real, dele extraindo elementos para o superar, ou seja, repensar, reformular, recriar, transformar. Os exemplos que compõem este ciclo afirmam-se pela sua realidade, entendida como experiência do real a que o filme dá corpo. O desafio lançado por Breton mantém-se actual e dirige-se tanto aos cineastas como aos espectadores de cinema. Será entendendo de que mundo cada uma destas obras emergiu que compreenderemos a sua surrealidade.